terça-feira, 11 de novembro de 2008

MAR


Ouço as ondas a baterem nas rochas... suaves, meigas... porém tão potentes!
Da mesma forma a saudade bate no meu coração, compassadamente...
A lua reflecte sobre as águas calmas... as estrelas brilham no alto... uma brisa leve acaricia o meu rosto...
Dos meus olhos uma lágrima matreira escapa e acaricia a brisa que a seca...
Calmamente habituo-me à escuridão que me cerca e percorro a imensidão do Oceano à tua procura...
Uma brisa acaricia agora o meu cabelo e passa suavemente pelo meu corpo...
Coloco as mãos no peito enquanto brinco com uma das ondas do MAR...
Sinto cada grão de areia como uma carícia... Tiro a roupa que me aperta e mergulho...
O som do silêncio chega a ser ensurdecedor...e todos os meus sentidos se apuram...
As águas do Oceano, até então calmas... revoltam-se com a minha chegada e envolvem-me numa corrente carinhosa...
Deixo-me ir ao gosto da maré e calmamente entrego-me às águas e à sua vontade...
Sinto que me chamas MAR... e tento ir, porém a vastidão do Oceano que me embala e seduz não me permite avançar...
Calmamente sou empurrada para a praia e deixo que os grãos de areia se colem ao meu corpo... Cubro o meu corpo gelado e sigo para casa...
A lareira aquece-me o corpo e a alma... o fogo brinca lá dentro e sussurra-me que lá fora me espera... o MAR

2 comentários:

Anónimo disse...

O mar pode ser tudo isto... mas também pode ser revolto, caprichoso e senhor de nós! A nós resta-nos a capacidade de O respeitar. e lutar com,por ou contra...

Anónimo disse...

Porque tens medo menina
de tanto sonhar o mar
grito de alma cristalina
embrulhada no luar
que tarda em chegar...
Porque tens medo menina
se não páras de me encantar
olhos de musa fadada
não vês que o meu corpo anseia
no turbilhão de pensar
esse teu corpo de sereia
que se não chegar tardando
tarda sempre em não chegar...
Vem de mansinho remando
Porque tens medo menina
Pára de soluçar