quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Noite

Noite estrelada e fria...
Chegaste devagarinho....
Sussurraste-me ao ouvido palavras de amor...
Acariciaste-me o corpo e o ego... e eu entreguei-me.
Anos de convivência, de entrega, de altos e baixos percorridos juntos...
E mantemos-nos sempre na busca daquele momento... o primeiro... único...
Buscamos sofregamente o sabor a morangos silvestres do primeiro beijo...
Almejamos pelo arrepio da espinha do primeiro toque... da primeira noite...
O teu corpo chega-se ao meu... o meu entrega-se... é teu!
Os nossos corpos já não nos obedecem... conhecem os movimentos...
A minha boca chama pela tua... Os teus braços pedem os meus...
E nesse momento somos um... já não sabemos onde começa um e onde acaba o outro...
O MAR faz-se ouvir ruidosamente...
Como que se nos chamasse...
Desta vez não olho para ele em busca de ti... Olhamos os dois... em busca de nós...
Ele sente a nossa presença... as ondas marcam o compasso...
Revoltam-se a cada suspiro... a cada sussurro...
De manhã... quando acordo sobre o teu peito, olho pela janela...
O MAR está calmo... as ondas brincam com a areia...
Dormes... Saio para que a brisa e as ondas me acariciem o rosto... para que o cheiro da maresia me acaricie a alma...
Brinco com as conchas e os búzios que o MAR me oferece... Deixo que as ondas do mar me acariciem... e mergulho!

2 comentários:

Manuel Ribeiro, Arquitecto disse...

gostei muito do que escreves linda sofia.. espero que nao deixes de escrever para que eu possa vir inspirar meus desenhos em tuas palavras

Anónimo disse...

Olá!
Esta entrega é fantástica, mas onde está a lareira?... Muita paixão, mas?
Qualquer das formas o texto, por si só é muito bonito, contudo espremido e inserido o que é que se pode sentir???...